centro social e comunitário de safara

Os primeiros contornos deste projecto surgem na ADCMoura, em 1994, do confronto com uma realidade sócio-económica marcada por indicadores de depressão profundos, de que são exemplos maiores o envelhecimento da população e a elevada taxa de desemprego, principalmente feminino. A consciência das lacunas detectadas e a necessidade de criar respostas prioritárias e ajustadas na área dos serviços sociais de proximidade, em conjugação com a inserção de mulheres no mercado de trabalho, determina que a ADCMoura e a Casa do Povo de Safara apresentem, no final de 1996, uma candidatura simultânea ao Programa Integrar, visando a criação de um Centro Social e Comunitário, com valências de centro de dia e de apoio domiciliário, e de um curso de formação das futuras profissionais ao seu serviço.
Este caso é paradigmático das relações de parceria que a ADCMoura estabelece com as IPSS do concelho de Moura. De facto, a intervenção conjunta da ADCMoura e da Casa do Povo de Safara foi crucial para a criação de um equipamento de centro de dia e apoio domiciliário na freguesia. Para além da estreita cooperação entre as duas entidades, há a destacar a natureza integrada da abordagem estabelecida, que teve sempre presente a importância da articulação permanente entre a formação profissional de ajudantes familiares e a construção de infraestruturas adequadas para servir os idosos e os mais carenciados da aldeia. No fundo, foram estes os aspectos inovadores que contribuíram para a distinção especial concedida pelo Programa Integrar ao caso de Safara, que se traduziu na sua selecção como um dos dez exemplos de sucesso de entre os mais de mil projectos apoiados por aquele Programa de Apoio em Portugal.

A partir de Setembro de 1999, já no âmbito do projecto RODA-VIVA, dá-se início a um novo ciclo de apoio técnico ao funcionamento do Centro assegurado por profissionais especializados que integram a equipa da Acção 3 e que a Casa do Povo de Safara, só por si, não teria condições financeiras para manter. Esta assistência tem-se traduzido em:

Apoio ao arranque da instituição

Elaboração de candidaturas a linhas de financiamento, tendo em vista a melhoria dos serviços prestados pela instituição (a nível de infra-estruturas, contratação de pessoal, etc.)

Gestão de recursos humanos e materiais

Gestão e resolução de conflitos nas relações institucionais

Levantamento sócio-económico dos utentes

Acompanhamento psicossocial dos utentes

Contactos e ligação da instituição com a comunidade envolvente

Apoio no estabelecimento de parcerias inter-institucionais

Apoio à celebração de novos acordos com a Segurança Social

Apoio na orientação dos estágios profissionais

Animação sócio-cultural dos utentes