Em tempos trabalhou como empregado de um ferro velho. Isto foi antes de ter emigrado para a Suiça, onde amealhou uns dinheiros nos trabalhos agrícolas sazonais. Com este pecúlio comprou, quando regressou a Moura, um terreno com armazém, um carro, e estabeleceu-se como empresário em nome individual no negócio da recolha de sucata, papel, cartão e plástico para reciclagem. Entretanto, conseguiu contratos com algumas empresas do concelho que lhe vendem os desperdícios. A própria Câmara Municipal oferece-lhe todo o papel e cartão que recolhe. Conseguiu igualmente alugar um espaço na zona industrial de Moura como resposta ao considerável aumento de angariação de cartão e papel que revende à Portucel. O recurso ao Microcrédito foi a forma encontrada para adquirir uma máquina enfardadeira, indispensável ao acondicionamento e transporte dos desperdícios até aos locais de reciclagem. O negócio vai de vento em popa e o ambiente agradece.

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José do Carmo Silva

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